segunda-feira, 21 de julho de 2008

Dentro da câmara...

A câmara agora começava a arder em chamas. Som de tiros ricocheteando, gritos, cheiro de carne putrefata queimada, tomavam conta daquele local o qual outrora era um dos mais seguros refúgios do líder dos Nosferatu.

Pierre, mesmo atordoado devido à explosão, se esquivava do fogo e ao mesmo instante tentava não ser alvejado com sua celeridade. O Fungo e Igor matinham-se ofuscados, talvez aguardando uma nova oportunidade para atacar os caçadores. O único o qual mantinha a mesma pose friamente desde que o caos se instalou na câmara era Hugo.

De repente, os tiros cessaram assim como os gritos. As chamas aos poucos foram se extingüindo e a fumaça se dissipando revelando assim os danos causados.

Pierre fora ferido de forma a ficar completamente fora de ação. Um dos quatro caçadores jazia no chão. Apertando seus olhos como se quisesse ver algo além do que sua visão permitia o caçador que parecia ser o representante maior do grupo exclamou:

- Irmão! Encontre os que se esconderam com a força de tua fé!

- Senhor, estou fazendo isso desde o momento em que eles se ofuscaram de nossa visão. Mesmo através de meus poderes auspiciosos, não consigo localizar as duas aberrações que aqui estavam.

- Continue procurando! Com certeza eles não abandonaram o recinto. Deixai-me cuidar daquele que ainda insiste em continuar de pé.

Este alguém era Hugo Henrique que parecia pouco se importar com as armas portadas pelos padres ou até mesmo com as chamas em torno de um deles. A fúria era nítida em seus olhos e esta fúria era tão intensa que a mesma começou a arder em torno de todo o seu corpo em forma de uma chama vermelha. Assim como um guepardo parte a toda velocidade para alcançar sua presa, Hugo moveu-se tão velozmente que sua aproximação só fora percebida pelos invasores quando já era tarde demais para um deles...